PEDAGOGIA

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PEDAGOGIA - As corujas são o símbolo da pedagogia devido a inteligência, argúcia, astúcia, sensibilidade, visão e audição super potente das corujas. São características necessárias a um pedagogo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

31 FRASES PARA O MURAL DA LITERATURA INFANTIL

































http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/2012/09/31-frases-para-o-mural-da-literatura.html

VACINAÇÃO CONTRA HPV - DIAS 18 E 19/03/14

Vírus é principal causador de câncer do colo de útero.

Aconteceu nos dias 18 e 19 de março aqui na escola, a vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV), principal causador de câncer do colo de útero, visando imunizar meninas de 11 a 13 anos. As vacinas estão disponíveis em todos os postos de vacinação e também nas escolas públicas e privadas de Montes Claros. Esta é a primeira vez que a vacina passa a ser oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é imunizar nove mil e seiscentas garotas.

 De acordo com o Ministério da Saúde a vacina previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, identificado como o segundo tipo mais frequente em mulheres. Apesar da alta incidência, a doença possui forte potencial de cura quando diagnosticada precocemente.


A vacina contra HPV é aplicada em três doses, sendo que a primeira será realizada desde já. A segunda será administrada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.

Segundo a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, para facilitar o acesso à vacinação e ampliar a cobertura de imunização houve uma parceria com a Secretaria de Educação. Para isso houve uma reunião com os pais para explicar a importância da campanha antes do primeiro contato sexual das adolescentes. À eles foi encaminhada uma carta que autoriza ou proíbe a imunização da(s) filha(s).
 
A coordenadora de imunização da regional de saúde, Renata Souza Leite, ressalta a importância da participação das escolas.

“É de fundamental importância que as escolas sejam parceiras nesta campanha, pois assim a secretaria alcança essa população, de 11 a 13 anos, e conseguimos então efetivar as doses e atingir a meta do governo”, afirma.

A campanha, que acontece nas escolas, deve ser realizada durante o mês de março, e para isso foi montado um cronograma para organizar o atendimento dos profissionais de saúde nas escolas. Outras informações pelo telefone (38) 3229 – 4953 ou pelo email  epidemiosmsmoc2010@gmail.com

 http://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2014/03/mais-de-9-mil-meninas-devem-ser-vacinadas-contra-o-hpv-em-moc.html

CHÁ POÉTICO - 14-03-14 (SÁBADO LETIVO)


 O Chá Poético contou com a participação dos alunos do 1º ao 9º Ano de Escolaridade, pais e toda toda comunidade escolar. 

A poesia não se explica...

Não sei falar de literatura. Não sei falar de poesia. Sobretudo não sei se a poesia tem alguma coisa a ver com a literatura. Talvez esteja antes ou depois da literatura. Sei que a poesia não se explica, a poesia implica, como costuma dizer a minha amiga Sophia de Mello Breyner. Sei que a energia, como diz o meu amigo Herberto Hélder, é a essência do mundo e que “os rit­mos em que se exprime constituem a forma do mundo". Sei, como o poeta russo Mandelstam, que "escrever é um acontecimento cósmico". E que cada palavra é um pedaço de universo. Ou como dizia Klebnikov: "Na natureza da palavra viva, esconde-se a matéria luminosa do universo." Talvez tudo isto seja a poesia. Ou talvez ela não seja mais do que o primeiro verso, aquele que nos é dado, como sempre dizia Miguel Torga, porque os outros têm de ser conquistados. Talvez tudo esteja nesse primeiro verso, que é o instante da revelação e da relação mágica com o mundo através da palavra poética. Talvez o poeta, afinal, não seja muito diferente daquele sujeito que vemos nas tribos primitivas, de plumas na cabeça, repetindo palavras mágicas enquanto dança e pula ao ritmo de um tambor. O poeta é esse feiticeiro. Dança com palavras ao som de um ritmo que só ele entende. Ou é talvez o adivinho. Como já não pode ler nas vísceras das vítimas, procura decifrar os sinais dos tempos através de múltiplos sentidos ou dos semi-sentidos da palavra. De qualquer modo, como nas sociedades primitivas, que tinham uma concepção mágica do mundo, o poeta de hoje é como esse xamã antigo que, através da repetição rítmica de palavras e imagens, convoca as forças benfazejas ou tenta exorcizar as forcas maléficas.
A poesia é, assim, antes de tudo, uma forma de medição. Um presságio do sul, como diz o meu amigo José Manuel Mendes. Uma encantada, encantatória e desesperada tentativa de captar a essência do mundo e de, através da palavra, "mudar a vida", como queria Rimbaud. Uma forma de alquimia. Que procura o impossível. Ou seja: o verso que não há.
A poesia é também a língua. E para mim a língua começa em Camões, que tinha uma flauta mágica. A música secreta da língua. A arte e o ofício da língua e da linguagem.. Nem foi por acaso que Dante chamou a Arnaut Daniel "il migiior fabbro". O poeta, dizia Cioran, "é aquele que leva a sério a linguagem". E o que é levar a sério a linguagem? Eu creio que é estar atento aos sinais. Os sinais mágicos da palavra. Os sinais da essência do mundo que por vezes se revelam na palavra poética. Ou talvez o duende e aquela ferida de que falava Lorca. Porque o poeta traz em si uma ferida e o duende por vezes ouve "sonidos negros". É então que a poesia acontece.
Isto é o que sei de poesia. Talvez seja muito pouco. Mas não sei se é possível saber mais."

Manuel Alegre 
 
 http://omarpareceazeite.blogspot.com.br/2008/11/poesia-no-se-explica.html
 

  

ÓRFÃ NA JANELA / ADÉLIA PRADO

.
Estou com saudades de Deus,

uma saudade tão funda que me seca.

Estou como palha e nada me conforta.

O amor hoje está tão pobre, tem gripe

meu hálito não está para salões.

Fico em casa esperando Deus,

cavacando a unha, fungando meu nariz choroso,

querendo um pôster dele, no meu quarto,

gostando igual antigamente

da palavra crepúsculo.

Que o mundo é desterro eu toda vida soube.

Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai

pra casa onde está meu pai.


Adélia Prado em O coração disparado, ed. Record.
 
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